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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Prefeitura de salvador distribui mais de 5,5 mil notebooks para professores da rede municipal


A prefeitura de Salvador distribuiu mais de 5,5 mil notebooks neste sábado (29) para professores da rede municipal de ensino.

Aproximadamente 450 colaboradores da Secretaria Municipal da Educação trabalharam na entrega dos equipamentos no campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ondina.

A distribuição contou com o apoio da Assistência Militar da prefeitura, Polícia Militar, Guarda Municipal, Secretaria Municipal da Saúde, Transalvador e Ufba, que cedeu 30 salas e toda estrutura do campus para receber os professores e funcionários da pasta.

“Estou muito feliz com o sucesso da operação e com a satisfação dos nossos professores que, com certeza, será refletido positivamente na busca de novos conhecimentos, na preparação das aulas e em sala de aula”, disse o secretário municipal da Educação, Jorge Khoury.

A compra dos notebooks foi anunciada pelo prefeito ACM Neto durante o Encontro pela Valorização da Educação, em dezembro de 2013, ao custo de cerca de R$ 12 milhões. Na ocasião, o gestor também informou o pagamento de abono aos professores da rede municipal, no valor total de R$ 26 milhões.

Fonte: Bahia Notícias

sábado, 25 de janeiro de 2014

Dinheiro suado, pensamos antes de gastar, diz dependente de crack


Com duas notas nas mãos, uma de R$ 100 e outra de R$ 20, Marcio Allan Ramos diz saber bem como gastará o salário de oito dias de trabalho, na região da Cracolândia, no centro de São Paulo: R$ 60 irão para cuidar dos poucos dentes que ainda tem, uma parte será usada para comprar uma bermuda e, outra, para uma sandália. Talvez use um pouco para comprar crack, diz.

“Não vou dizer que não vou mais usar crack. Mas primeiro vou me melhorar”, afirma, com um sorriso. “Tô procurando parar aos poucos. O suado a gente pensa duas vezes antes de gastar”, diz, referindo-se ao dinheiro que havia acabado de receber da Prefeitura de São Paulo.

Na labuta desde quinta-feira, 16, Marcio, de 42 anos, passou os últimos dias limpando ruas da Cracolândia, onde vive há oito anos, e recebeu, nesta sexta, 24, o primeiro salário do programa “Operação Braços Abertos”, da Prefeitura de São Paulo, para a reabilitação de dependentes químicos da região central da capital paulista.

Uma nova chance

“É um recomeço”, diz. Desde a semana passada, Marcio está morando em um hotel na região e ganha, por dia, R$ 15 para trabalhar quatro horas e participar de um curso de capacitação de duas horas todos os dias, de segunda a sexta-feira.

Há oito anos, mesmo período que vive na Cracolândia, ele não consegue emprego fixo e vive à base de bicos e de dinheiro “passado”, como conta. Ao pegar as duas notas, Marcio diz ter receio de que a ajuda acabe. “A coisa tá meio bagunçada ainda. Muitos saíram do programa. Muitos vão gastar o dinheiro com drogas. Mas espero que não desmanchem por causa desses aí”, diz.

Segundo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), dos 300 inscritos, 292 têm frequentado o curso e trabalhado; duas pessoas foram retiradas da região por suas famílias e seis desistiram. Ontem, depois de uma ação surpresa de policiais do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, Haddad chegou a falar que o programa corria risco e classificou a operação como “lamentável”.

Segundo o Denarc, a ação foi para prender um traficante, sem avisar a prefeitura nem a Polícia Militar. Com o uso de diversas bombas de efeito moral, spray de gás de pimenta e relatos de uso de bala de borracha por policiais, a operação terminou com pelo menos 30 detenções e quatro prisões e gerou tumulto, corre-corre e pânico na região. Mais de duas dezenas de policiais atuaram na repressão.

“Não somos violentos”

Massaro Honda Junior, de 53 anos, assistiu ao curso de capacitação nesta sexta-feira com uma faixa branca no braço. “Tá simbolizando a paz”, afirma. “Nós, drogados, sem perspectiva de vida, resolvemos trabalhar e nós não somos violentos como a polícia prega.”

Depois de receber os R$ 120 da prefeitura, diz que quer mudar de vida por suas filhas pequenas, de oito e nove anos. Preso por assalto a mão armada e tráfico de drogas, voltou à liberdade há três anos e, desde então, mora na Cracolândia, sem emprego fixo.

Vera Lucia pegou o dinheiro e correu para a igreja para agradecer a “papai do céu”. Também com uma faixa branca no braço, para protestar contra a polícia, Fabio Pereira da Silva, de 32 anos, diz que vai tentar juntar dinheiro para visitar a família na Bahia.

Ministério da Justiça

A entrega do primeiro salário aos dependentes químicos foi tratada como uma “solenidade” pelo Ministério da Justiça, um dia depois da ação do Denarc.

Representando o governo federal, o secretário nacional de políticas sobre drogas do ministério, Vitore Maximiano, participou da entrega do salário. A prefeitura, no entanto, evitou tratar o pagamento como um “evento”, para não gerar constrangimentos aos dependentes químicos, e informou que era apenas mais um dia de curso no instituto Dom Bosco, perto da Cracolândia, no centro.

O secretário nacional de políticas sobre drogas criticou a atuação da Polícia Civil na região. “A avaliação das pessoas que estavam na área, dos próprios usuários, é de que foi uma ação desastrosa, uma ação que à primeira vista não devia ter ocorrido da forma como ocorreu”, disse Maximiano, em São Paulo.

A ação do Denarc colocou em lados opostos a prefeitura e o governo estadual, de Geraldo Alckmin (PSDB), responsável pela Polícia Civil. O governador, no entanto, disse nesta sexta que não se pode fazer “picuinha partidária” sobre o caso.

Campanha eleitoral

Desde que lançou o programa “Operação Braços Abertos”, Haddad tem evitado o uso da ação policial na região. Com isso, o prefeito pretende fazer um contraponto à ação violenta da polícia em 2012, em operação articulada pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD) com Alckmin (PSDB), que gerou fortes críticas e não resolveu o problema.

Bandeira da gestão municipal, o “Braços Abertos” é acompanhado de perto pelo prefeito, que tem feito visitas frequentes à região sem avisar a imprensa. Horas antes da ação do Denarc, o ministro da Saúde e pré-candidato ao governo paulista, Alexandre Padilha (PT), havia visitado a Cracolândia. O ministro destinou R$ 3 milhões à região e deve explorar isso em sua campanha eleitoral.  Se for bem sucedido, o programa de Haddad servirá de bandeira para Padilha na campanha pelo governo do Estado.

Fonte: Valor 

sábado, 12 de outubro de 2013

Prefeitura corta verba de escolas e creches

Valores cortados eram destinados a manutenção; administração diz que empresa faz o serviço.

A prefeitura de Ribeirão Preto não paga, desde junho deste ano, as verbas de subvenção para manutenção de creches e escolas municipais de ensino fundamental e infantil.

Apesar de negar contenção de gastos, a medida economizará cerca R$ 500 mil dos cofres públicos ao mês. Até o final do ano, serão poupados R$ 2,5 milhões.

A medida é alvo de reclamação dos representantes das APMs (Associação de Pais e Mestres) das unidades educacionais.

“Esse recurso era importantíssimo para as escolas, principalmente para podermos equipá-las” diz José Kaça, da APM da escola Sebastião de Aguiar Azevedo, na Zona Norte. Ele é vice-presidente do Conselho Municipal de Educação e diz que a questão será discutida internamente.

O A Cidade conversou com representante de uma escola na Zona Leste, que não quis se identificar. Ela diz que, apesar da verba de subvenção serem utilizadas para manutenção, as APMs conseguiam utilizá-la para investir na escola.

“Nós não podíamos utilizar o repasse para comprar a cortina, mas era permitido adquirir o tecido” diz.
As cortinas do tipo “blecaute”, que tapam a luminosidade das janelas, foram adquiridas assim para a sala de computação da unidade, por exemplo.

Segundo Kaça, muitos representantes de APMs serão surpreendidos na reunião trimestral que será feita no final deste mês.

“Não houve nenhum comunicado da prefeitura justificando os motivos do corte, nem sequer informando que a verba não seria mais repassada”, diz.

Atraso
Além de receberem os pagamentos com atraso e terem que recorrer a agiotas, conforme o A Cidade revelou na semana passada, as creches conveniadas a prefeitura ainda não receberam a verba de R$ 5 mil para compra de equipamentos. No ano passado, o repasse foi feito em abril.

Em nota, a prefeitura diz que a verba não foi cortada e que será paga até o final do ano.

Executivo diz que escolas têm reservas
A assessoria de imprensa da prefeitura confirmou que os repasses foram suspensos em julho deste ano.

Em nota, o Palácio Rio Branco diz que “a grande maioria das APMS possui fundos de reserva” e que existe uma empresa contratada pela prefeitura que assumirá o serviço de manutenção antes pago com essa verba. A empresa - HS Lopes Construção - já prestava serviço para a prefeitura desde 2010.

A prefeitura diz também que “os presidentes de cada APM, os quais se constituem na mesma pessoa do diretor da escola, foram, sim, avisados e com antecedência superior a 30 dias”.

O poder público diz que as verbas de manutenção das APMs estavam sendo gastas para os mesmos serviços que a empresa já deveria prestar, e que o repasse será remodelado para 2014.

Fonte: JC