quarta-feira, 2 de abril de 2014

Tremor de terra assusta moradores em Paramoti, Ceará


Os abalos foram sentidos por volta das 5h30 e 6 horas de terça-feira (1) deixando a população de Paramoti assustada. Segundo informações de moradores da cidade, essa não é a primeira vez que esse fenômeno é registrado no município.

No ano passado, na mesma data, também foram sentidos abalos sísmicos na região. Em 1997, foram registrados dois tremores de magnitudes 2.3, e 2.0 no dia 16 de fevereiro.

O epicentro encontra-se dentro do município de Pentecoste, a uma distância de 18 quilômetros a nordeste de Paramoti, sendo que esta cidade fica mais próxima do epicentro que a de Pentecoste. Exatamente há um ano após outro registro, que à época teve magnitude 1.9, os Paramotienses acordaram na manhã de terça-feira (1) com um novo impacto.

A trepidação mexeu, especialmente, com os telhados das residências como da aposentada Maria Nezinha Almeida de Souza,causando abalos em casas localizadas na área central. 

"Foi um forte estrondo, eu estava em casa e o percebi exatamente às 5h45 da manhã", relata o engenheiro agrônomo, Paulo Mariz. O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), a Defesa Civil do Ceará e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília vão acompanhar o ocorrido de ontem.

Se confirmado, este será o quinto tremor de terra em Paramoti, desde 1997. Naquele ano, no dia 16 de fevereiro, foram registrados tremores de magnitudes 2.3 e 2.0. Em 2012, aconteceu outro de magnitude 2.1. O último, ano passado, aconteceu por volta das nove da manhã de Primeiro de abril e teve o epicentro próximo à zona urbana do município.

Apreensão

Por conta disso, a apreensão se instalou no meio da população. ''Dessa vez, além de mais fortes, os abalos foram quase consecutivos. "Eu estava deitado na rede, já pronto para levantar, mas de repente foi o tamborete andando sozinho, a rede balançando, as telha tremendo e vindo aquele vulto por debaixo do chão. Olhe que tem tempo que moro aqui e nunca tinha visto um negócio daquele", narra o agricultor Francisco Nascimento de Sousa, morador do bairro do Alto da Bela Vista no centro da cidade.

"Deu um balanço tão forte que o jarro de planta se mexeu, parecia que o chão vinha andando e subindo com a gente. Caiu fragmentos das telhas e uns pedacinho de paredes'', disse o agricultor Francisco Nascimento.

Ontem no Mercado Público da cidade, ponto de concentração, ninguém falava em outra coisa, se não nos tremores de terra ocorrido na manhã de terça-feira.

Alguns moradores, que não chegaram a perceber a trepidação, não queriam acreditar por se tratar de primeiro de abril, dia dedicado a mentira.

A estudante Maria de Sousa Alves que andava de bicicleta pelas ruas da cidade, disse não ter sentido o tremor porque estava dormindo. O Comerciante Francisco José Santos falou a Reportagem que se encontrava em seu comércio no Mercado Público da cidade, quando viu as garrafas da prateleira tremerem. ''Pensei que fosse um rato tentando fugir, por ter notado a minha presença. Passaram alguns segundo e tudo começou novamente'', conta.

Quem viajava de moto, ficou assustado. É o caso da professora Verônica Sales de Andrade que vinha da comunidade de Água Boa. Ela disse ter sido surpreendida pela trepidação. "Pensei que tinha sido o pneu da moto que havia furado, era uma tremedeira só. Foi preciso parar o transporte depois do susto'', contou a educadora.

Telhado

A aposentada Francisca Santos Sousa, que mora no Centro, diz que ouviu o barulho, mas, a princípio, não pensou que fosse um tremor. "Estava acordada quando aconteceu, imaginei ser um trovão apenas, mas ouvi um barulho como se as telhas se mexessem, depois conversei com os vizinhos e eles disseram o que houve", afirma.

O funcionário público Valentim Neto, residente no bairro Vicente Farias, comenta que, embora não tenha se assustado, ao perceber o telhado balançar, imaginou: "É um tremor", resume. Para o desempregado Antonio Benedito Gomes, tudo pareceu uma explosão. "Nas outras vezes que houve tremor em Paramoti não percebi, mas dessa vez sim".

O supervisor regional da Defesa Civil do Estado, Francisco Brandão, informou que até a manhã de ontem ainda não havia como determinar a magnitude do tremor. "Podemos apenas afirmar que não houve danos, apenas sustos", disse.

Fonte: Diário Do Nordeste

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