O objeto rasgou o litoral acima da cidade de Caraguatatuba e foi registrado por câmeras da Bramon, a Rede Brasileira de Observadores de Meteoros. De acordo com os pesquisadores, o bólido atingiu magnitude de -4.7 e entrou na atmosfera a 15 mil km/h.
O evento ocorreu na manhã de quarta-feira (12/fev) às 05h50 pelo horário de Brasília e foi primeiramente detectado pela câmera allsky instalada em São Sebastião, no litoral paulista e alguns segundos depois pela câmera localizada na cidade de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de SP.
Ainda não há registro de algum fragmento remanescente, mas de acordo com o pesquisador Carlos Augusto de Pietro, ligado à Bramon, antes de penetrar na alta atmosfera a rocha tinha aproximadamente 25 quilos de massa e densidade similar a de um condrito carbonáceo CM, mas muito poroso.
Os condritos carbonáceos apresentam elevado teor de carbono, normalmente na forma de grafite, além de carbonatos e compostos orgânicos, incluindo aminoácidos. Também podem conter água e minerais alterados pela água. Rochas desse tipo podem ter sido formadas no Sistema Solar exterior.
O mapa com a trajetória mostra que o objeto praticamente cortou a cidade de Caraguatatuba em paralelo à Rodovia Rio-Santos e provavelmente caiu no oceano caso tenha sobrevivido à entrada na atmosfera. Segundo Pietro, a determinação de seu corpo parental (o objeto que deu origem à rocha) ainda está em processo de análise e será divulgada em breve.
BRAMON
A Rede Brasileira de Observadores de Meteoros, BRAMON, é uma iniciativa do pesquisador e astrônomo amador André Moutinho e tem entre seus objetivos a detecção e determinação de possíveis elipses de dispersão de meteoritos.
A rede conta atualmente com quatro estações de detecção automatizadas e sincronizadas entre si, o que permite a triangulação dos meteoros. No último mês a rede detectou seis bolas de fogo e calculou 57 trajetórias de meteoros sobre o território brasileiro.
Recentemente, a BRAMON deu uma forte alavancada na instalação de câmeras graças ao trabalho do pesquisador Eduardo Plácido Santiago, que de forma bastante determinada tem ajudado aos interessados a montar as próprias estações de monitoramento.
Dessa forma, a BRAMON espera que o número de câmeras no território nacional cresça ainda mais, possibilitando monitorar de forma cada vez mais eficiente as bolas de fogo que cruzam diariamente o Brasil, mas que não são detectadas por falta de câmeras de monitoramento.
Fonte: Apolo11
OBRIGADO, pelo excelente trabalho que vocês estão produzindo. gostaria de poder receber sempre os vossos artigos em meu grupo "PORTAL DO CONHECIMENTO2014"
ResponderEliminartipo meteoro russo
ResponderEliminarapenas um meteoro de pegazuz
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